Acordou cedo. Limpou a cara. Escovou os dentes e saiu.
Não tomou café, nem comeu um pãozinho francês.
Achava irônico comer pão francês sendo brasileiro e padeiro, por isso não o comia.
Entrou no serviço cedo. Ainda bocejando fez a primeira fornada.
Ele ficava tão feliz com o pãozinho quente que saia do forno.
O cheiro de massa de pão que exalava dos fornos, abria um sorriso no seu rosto cansado e marcado pela caatinga cearense.
Retirante, lutou contra a selva de pedra para conseguir comer algo.
Ironicamente, agora faz pães mas não os come.
O Padeiro.
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